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Presidente e ex-presidentes do Sindicato comentam cenário atual e futuro para os Tecnólogos




Presidente e ex-presidentes do Sindicato comentam cenário atual e futuro para os Tecnólogos

02/07/2021

Pedro Alves de Souza, José Paulo Garcia e Décio Moreira falam sobre mercado de trabalho, o que esperar para categoria e andamento da proposta para regulamentação da profissão.

Por Clara Zaim

Qual é o cenário dos profissionais Tecnólogos no mercado de trabalho em tempos de pandemia de coronavírus? O que esperar para o futuro da categoria? Qual o andamento da proposta criada pelo GT Tecnólogos para regulamentação da profissão? Para comentar estas questões, o portal do Sindicato dos Tecnólogos do Estados de São Paulo conversou com seu atual presidente, Pedro Alves de Souza, e dois ex-presidentes, José Paulo Garcia (membro do GT Tecnólogos) e Décio Moreira (professor da Fatec-SP).

Regulamentação da profissão

Pedro Alves de Souza enfatiza que o Tecnólogo deve ser considerado um profissional com ensino superior devido às atividades exercidas em sala de aula. Ele reforça que estes profissionais podem estar presentes em diversas áreas e a sua atuação é bem recebida no mercado de trabalho. “Atualmente, o maior desafio para o setor”, afirma o presidente do Sindicato, “é a regulamentação da profissão ou inserção do profissional na Lei 5.194/66, que regulamenta a profissão e garante as atividades dos profissionais”. Saiba mais 

Pedro Souza afirma ainda que o Grupo de Trabalho (GT) Regulamentação Tecnólogos  deve fazer modificações na Resolução 313/86. "O GT é composto por Tecnólogos e engenheiros que fizeram estudos e análises para modificação da resolução. Os trabalhos estão bem adiantados e estamos aguardando o próximo passo do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia)", diz. Clique aqui e saiba mais sobe o GT Tecnólogos.

Em relação ao pós pandemia da covid-19, o presidente do Sindicato é otimista. "Teremos oportunidades de trabalho do agronegócio à infraestrutura, do conforto e ergometria à área espacial e comunicação. Sigamos em frente, o Brasil vai precisar muito de nós, Tecnólogos, dos profissionais de engenharia e geociências", conclui.

Oportunidades no saneamento

O ex-presidente do Sindicato e membro do GT Tecnólogos, José Paulo Garcia, reafirma a importância dos Tecnólogos no mercado de trabalho.

"O mercado de trabalho contrata o Tecnólogo porque é um profissional especialista. Enquanto as outras profissões, como o profissional com bacharelado, estudam de tudo um pouco, o Tecnólogo estuda muito sobre uma área específica”, enfatiza. “Precisamos mostrar isso ao mercado de trabalho, principalmente aos engenheiros. Atuamos junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo) na parte de fiscalização. A demanda é muito grande e os Tecnólogos estão inseridos no mercado de trabalho", complementa José Paulo Garcia, que é Tecnólogo.

Para José Paulo Garcia, haverá grandes oportunidades nas áreas de saneamento e de construção civil terão com o novo marco legal do setor, sancionado recentemente pelo Governo Federal.

"O Marco Regulatório do Saneamento, que foi aprovado, vai trazer boas oportunidades de emprego para o Tecnólogos em saneamento ambiental, hidráulica e construção de edifícios. Estamos aguardando a revisão da Resolução 313/86 para ampliarmos as atividades dos Tecnólogos ", sublinha o profissional.

Educação e reconhecimento profissional

Outro ex-presidente do Sindicato que opinou sobre o cenário para os Tecnólogos foi Décio Moreira, que é professor da FATEC- SP (Faculdade de Tecnologia de São Paulo). Segundo ele, tanto a expansão dos cursos tecnológicos como a empregabilidade não foram afetadas com a pandemia, o que mudou foi a forma de trabalho. Na visão do professor, o grande desafio da área é o reconhecimento do profissional Tecnólogo, considerando as competências adquiridas durante a sua graduação.
 

"O reconhecimento que resulta na inclusão passa pelos Conselhos de Fiscalização do exercício profissional. São necessários entendimentos com os Conselhos Profissionais, principalmente das áreas da saúde e das engenharias, que dependem de muito diálogo e até normativos legais”, explica Décio Moreira. “Os perfis profissionais definidos pelas Instituições de Ensino precisam ser respeitados”, reitera.

Sobre a expansão da oferta de cursos superiores de Tecnologia, o professor frisa que isso “contribui para o país ter profissionais qualificados em todas as áreas, bem como para aqueles que buscam uma melhor qualidade de vida, sendo que essa condição passa pela Educação”. 

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